O termo azulejo designa uma peça de cerâmica de pouca espessura, geralmente, quadrada, em que uma das faces é vidrada, resultado da cozedura.
Os temas oscilam entre os relatos de episódios históricos, cenas mitológicas, iconografia religiosa e uma extensa gama de elementos decorativos (geométricos, vegetalistas, etc) aplicados em paredes, pavimentos, tectos de palácios, jardins, edifícios religiosos (igrejas, conventos), de habitação e públicos. Com diferentes características entre si, este material tornou-se um elemento de construção divulgado em diferentes países, assumindo-se em Portugal como um importante suporte para a expressão artística nacional ao longo de mais de cinco séculos, onde o azulejo se transcende para algo mais do que um simples elemento decorativo de pouco valor intrínseco. Este material convencional é usado pelas suas fortes possibilidades de qualificar esteticamente um edifício de modo prático. Mas nele se reflete, além da luz, o repertório do imaginário português, a sua preferência pela descrição realista, a sua atracção pelo intercâmbio cultural. De forte sentido cenográfico descritivo e monumental, o azulejo é considerado hoje como uma das produções mais originais da cultura portuguesa, onde se dá a conhecer, como num extenso livro ilustrado de grande riqueza cromática, não só a história, mas também a mentalidade e o gosto de cada época.
Sendo a utilização do azulejo comum a outros países, ela distinguiu-se em Portugal, assumindo especial importância no contexto universal da criação artística:
• Pela longevidade do seu uso, sem interrupção durante cinco séculos.
• Pelo modo de aplicação, estruturando arquitecturas, através de grandes revestimentos no interior dos edifícios e em fachadas.
• Pelo modo como foi entendido, não só como arte decorativa mas como suporte de renovação do gosto e de registo de imaginários.
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